Mais uma vez, o mundo parou e a bola começou a rolar! O gostinho de “quero mais” que a Copa do Mundo de 2018 deixou, foi substituído pela mais nova paixão do Brasil e de 23 outros países que se classificaram para a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019.

Desde o início do mês de junho, pela primeira vez na história da televisão brasileira, os jogos estão sendo transmitidos simultaneamente pela Globo, SBT, Band e Record, competindo pela audiência de todo o país, atingindo o pico de 21 pontos de audiência (em São Paulo, cada ponto representa quase 200 mil pessoas assistindo ao canal). Com um mês de duração, a Copa do Mundo terá tempo suficiente para que o futebol feminino mostre que é tão impressionante e apaixonante quanto o futebol masculino.
Enquanto aguardamos o próximo jogo da seleção brasileiro, decidimos separar algumas curiosidades sobre a origem da categoria e sobre as edições passadas da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Preparados(as)? Bola em jogo!
Curiosidades e História do Futebol Feminino

1. O primeiro registro de uma partida de futebol entre mulheres foi em 9 de maio de 1881, onde uma matéria do jornal escocês, Glasgow Herald, descrevia o jogo como “uma partida muito romântica”. A competição foi entre os times da Escócia e Inglaterra, com jogadoras utilizando camisetas, meia-calça, cintos, botas de salto alto e toucas. Muitas delas utilizam pseudônimos, por proteção.
2. A partida reconhecida oficialmente como o primeiro jogo de futebol feminino foi em 23 de maio de 1895, entre times representando o Sul e Norte de Londres. O placar foi de 7×1 para a equipe do Norte, dessa vez com jogadoras utilizando tênis próprios para o esporte e com a presença Mary Hutson, conhecida na época como Nettie Honeyball, fundadora do Clube de Futebol Feminino Britânico (1895).

3. Após a legalização de 1918, que permitia que mulheres fizessem parte do Parlamento Britânico, o futebol feminino ganhou mais atenção, devido à nova visão que isso trouxe sobre o direito das mulheres. Em 1920, um dos primeiros times oficiais de futebol feminino, Dick, Kerr’s Ladies FC, fundado em Preston, jogou duas partidas históricas. A primeira contra French XI, ganhando de 2×0 na frente de 25 mil espectadores e a segunda, contra o time St. Helen’s Ladies, em frente à 53 mil torcedores no estádio de Liverpool, Goodison Park.
4. Em 1921, a FA (The Football Association) baniu a prática oficial do futebol feminino, alegando que “não combinava com as mulheres e não deveria ser encorajado”. Em 1969, foi inaugurada a Women’s Football Association (WFA), que influenciou na remoção do banimento em 1971, permitindo que mulheres pudessem jogar novamente, ganhando muita força, relevância e público nos anos seguintes.
5. No ano de 1991, na China, ocorreu a primeira Copa Mundial de Futebol Feminino, organizada pela FIFA, já com 24 seleções e no mesmo ano que a WFA lançou uma liga nacional de futebol entre mulheres. A final foi entre Estados Unidos e Noruega, resultando no placar de 2×1:
6. O segundo maior público registrado no futebol feminino, foi na final da Copa Mundial de Futebol Feminino de 1999, no estádio Rose Bowl, em frente à 90.185 fãs do esporte.
7. Os Estados Unidos tem a seleção com mais títulos de Copa Mundial, totalizando 3 conquistados nos anos de 1991, 1999 e 2015. O Brasil possui somente um título, resultado do placar de 5×4 em 2007, contra a Noruega.\
8. Em 2003, a sede da Copa Mundial seria a China, porém a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave) fez com que o evento fosse transferido para os Estados Unidos. A seleção da China foi automaticamente classificada e o país pode receber o torneio em 2007.

9. A brasileira Marta Vieira da Silva, é a primeira entre jogadores homens e mulheres, a marcar nas cinco edições da Copa do Mundo que participou e atualmente é a maior goleadora da história das Copas, com 17 gols registrados.
10. Em 2019, Marta lançou a campanha #GoEqual, defendendo a importância da mulher no futebol e a igualdade de salários entre jogadores do sexo masculino e feminino. A futebolista foi considerada melhor jogadora do mundo por seis vezes e é um dos principais nomes na história do futebol feminino.